sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Telefonemas de Natal

Estamos hoje comemorando o Natal. De manhã, tivemos a troca de presentes entre minha mãe, minha irmã, a acompanhante de minha mãe (que conhecemos há longo tempo) e nós - meu marido, meu neto e eu.
Estávamos almoçando, quando o telefone tocou uma primeira vez. Alguém atendeu e ouvi que a pessoa que telefonava queria falar com a mãe. Pensei que fosse meu irmão. Depois me dei conta de que a mãe procurada era eu e meu filho Moisés queria falar comigo. Falamos por alguns minutos. Falei também com a minha nora que estava ao lado dele. Transmiti os cumprimentos aos familiares. Senti-me feliz, é claro, por ser lembrada.
Notei que minha mãe observava enquanto eu atendia. Repeti para ela que o neto pedira para transmitir os votos.
Dentro de alguns minutos, outro telefonema. Agora era meu irmão. Mamãe pode falar com ele, que mora em São Paulo, por alguns minutos. Também eu e minha irmã falamos com ele.
Tanto meu irmão como meu filho e os familiares mais próximos deles não frequentam a mesma igreja que nós e têm hábitos bem diferentes dos nossos, mas nessa época lembraram de ligar para desejar "Feliz Natal" no momento em que a família estava reunida.
Esta é realmente uma época mágica, em que todos lembram dos laços de amor e de amizade e de família existentes e procuram renová-los.
Sentimo-nos abraçados e procuramos abraçar neste mês de dezembro. Os anseios  humanos de convívio feliz e harmônico se renovam.
Também o espírito religioso se renova. Minha irmã, brincando, perguntou a meu irmão se sabia o que se comemorava no Natal e, é claro, ele respondeu rapidamente de forma acertada.
Que vivamos esses anseios e esse espírito natalino não somente hoje. Que
o amor de Jesus esteja presente em nós todos os nossos dias.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Jornadas

Nesta semana começou meu período de férias anual e viajamos, atravessando vários estados do país, rumo ao sul, a Porto Alegre, onde chegamos ontem.
Lembro da jornada que percorremos a cada dia, das cidades pelas quais passamos, das paisagens que vimos, dos restaurantes onde almoçamos, dos hotéis em que nos recolhemos à noite para repousar.
Havia uma jornada planejada para o dia, eu verificara na internet o número de quilômetros entre uma cidade e outra e procurávamos seguir essa programação, aproximadamente 700 km, um pouco menos nos dois últimos dias, porque estávamos ansiosos por nos hospedar junto ao mar e ir à praia na última parada antes de chegar à casa de minha mãe.
Ao final de cada dia de jornada, era agradável procurar um hotel na cidade programada para descanso. Conseguimos, com algum esforço, três ótimos hotéis para repouso. Foi necessário dar algumas voltas para acharmos o acesso correto ou andar mais alguns quilômetros (no segundo dia, mais 100 km) para chegar ao lugar adequado para descanso, ou procurar por vários endereços até atingir o preço justo. Sentíamo-nos muito confortáveis após nos hospedar no hotel, e poder enfim lanchar e repousar.
Passamos pelas etapas programadas da jornada e agora nos preparamos para comemorar aqui o Natal, já tendo antes confraternizado com as famílias de meus filhos nas cidades em que moram. 
Passando para uma meditação sobre a lição da semana, os israelitas no capítulo 33 de Números são lembrados das jornadas que fizeram na viagem deles através do deserto para chegar a Canaã e num dos primeiros versos é dito: "Escreveu Moisés as suas saídas, caminhada após caminhada, conforme o mandado do Senhor (...)" (Núm. 33.2)
Também lembramos que Deus preparou cidades de refúgio para os israelitas. Na nossa viagem, nós nos recolhíamos para repousar da viagem. Naqueles dias as cidades de refúgio eram usadas para resguardar os criminosos enquando aguardavam julgamento, para que não se consumasse um juízo errôneo.
Somos gratos a Deus que nos guardou nesta viagem até o Rio Grande do Sul, por 2.600 km. Os israelitas deviam estar gratos porque a jornada deles até Canaã foi planejada e cumprida por Deus e eles chegaram em segurança à terra prometida. E nessa terra tinham providos os seus lugares de refúgio. É confortante lembrar que nosso verdadeiro refúgio é  Cristo, como nos diz a Palavra em Hebreus: 6:18,19: "Nós, que nos refugiamos nEle para tomar posse da esperança a nós proposta. Temos esta esperança como âncora da alma".
Que na jornada principal da nossa vida sejamos guiados por nosso Deus e que nEle encontremos nosso refúgio e esperança.

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Segunda chance

Das coisas loucas

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Com quem ficam as crianças

"Ana tornou-se mãe. E foi maravilhosa a sensação de ter sua filha nos braços e amamentá-la. Foram três meses de sonho os da licença-maternidade. Quando teve de voltar a trabalhar, na sua inexperiência contratou uma menina de quatorze ou quinze anos para cuidar do bebê. Felizmente a avó costumava visitar a neta para ajudar com algumas providências durante o horário de expediente da jovem mãe e uma vizinha contou que o bebezinho era colocado em cima do parapeito da janela em seu bercinho portátil – que era chamado “moisés” à época - enquanto a pequena babá admirava o que se passava na rua. Além disso, descobriu-se a tempo que a menina-babá não sabia ver as horas e assim as mamadeiras não eram administradas no tempo certo. Dessa forma, Ana é grata à mãe por ter cuidado seu bebê na casa dela, avó, por algum tempo. Ana levava o bebê nos fins-de-semana. Como era uma época de inverno, não seria seguro  levá-lo no frio todos os dias de uma casa para outra de manhã e à tarde."



Este fragmento de história de vida na realidade confunde-se com minha própria história e pode relacionar-se com sua história, se você exerce atividades profissionais fora de casa. Temos lido de câmeras que detectam comportamento agressivo de babás e, na história, o comportamento inadequado foi verificado por um sensor humano - a própria avó, que costumava visitar a casa da filha para ver o bebê e que depois do acontecido passou a cuidar da netinha.


Essas são duas das soluções encontradas pelas mães: deixar as crianças com uma babá, deixar na casa dos avós. Foram as duas primeiras soluções que adotei. A babá me decepcionou: faltava e não seguia as orientações que eu deixava. Em seguida, minha filha mais velha ficou na casa da avó, que a cuidou com muita dedicação - mas eu precisei ficar longe do bebezinho durante toda a semana, pois não era possível buscá-la todos os dias.


Quando fui transferida para uma outra cidade, ao chegar não conhecia ninguém e a melhor solução que encontrei foi colocar meus filhos - já eram dois, e eu tinha saído recentemente de nova licença-maternidade - em uma creche em que havia uma equipe de babás supervisionada por religiosas. Lá eles ficaram por dois anos. Era agradável levá-los toda a manhã e buscá-los de volta para casa à tarde, trajeto que era feito a pé nos primeiros meses, uns 3 quilômetros de cuidado, trajeto que eu percorria com meu esposo.


Quando os meninos chegaram à idade de serem matriculados numa escola maternal, deixaram de ir à creche e passaram a ficar na escola meio expediente e no outro - nova solução - com uma secretária do lar, que aliás ficou morando em nossa casa por 20 anos aproximadamente.


Em todas essas soluções, como cada uma de vocês, leitoras, pode imaginar e deve até já ter observado em suas vidas, há problemas e contraindicações. Mas o importante é que nós, mães, não deixemos de cumprir nosso papel, tendo um tempo regularmente mantido para acompanhamento de nossos filhos. Esse tempo pode incluir cânticos, histórias (não esquecendo as lições da Bíblia), gestos de carinho, olhares, ou simplesmente o calor da companhia. O que nossos filhos levam para a vida adulta deles são esses registros da infância e todas queremos que registrem o amor, a atenção, a dedicação dos pais, marcados também na escolha que fazem da solução para deixar as crianças enquanto trabalham.
Quando Deus enviou Seu Filho a esta terra, o pequeno Bebê foi confiado a Maria e José e o Menino crescia em "sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens". Que os momentos que passamos com nossos filhos, que foram confiados a nós,  os ajudem a crescer na semelhança de Jesus.