segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Usando os talentos no melhor lugar do mundo

Neste final de férias, fizemos um passeio com minha irmã e sua família, carinhosamente chamada de "os Flávios", porque o casal se chama Flávia (minha irmã) e Flávio (o esposo dela). Fomos a uma estância termal, Caldas Novas, local que atrai muitas pessoas do país e até do exterior para passar alguns dias nas famosas águas quentes. 
No sábado de manhã, fomos à igreja. O primeiro hino que cantamos foi "O melhor lugar do mundo" e percebi que o dirigente de louvor é um jovem chamado Cléber, muito sorridente e talentoso. (À tarde, fizemos uma caminhada num parque ecológico, de onde, aliás, é possível visualizar a cidade.)
Mas voltando à reunião da manhã na igreja, após a Escola Sabatina, o Cléber mostrou um vídeo preparado por ele, em que apareciam imagens de luta por objetivos, de superação de obstáculos, de vitória e, às vezes,de derrota. Todos notamos que, momentaneamente, ele pode utilizar apenas o braço e a mão esquerda (situação que deve ser melhorada após o tratamento que inicia esta semana em Brasília, conforme me relatou). Foi motivador ver um vídeo preparado por alguém que tem alguma limitação com o intuito de motivar todos a utilizar seus talentos para cumprir a grande comissão dada pelo Senhor.
Meu cunhado notou que também a música que ele cantou lembrava a necessidade de superação dos obstáculos para louvar ao Senhor e trabalhar para o Mestre.
Cléber, desejo todo o sucesso na sua vida e no seu trabalho para o Mestre. Tenha um ano muito feliz.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fotos antigas

Abri um álbum de fotografias antigas na casa de minha mãe. É um álbum de madeira bege, com flores desenhadas na capa. Não se fazem mais álbuns assim.
Lá estão fotos de meus avós, da juventude de minha mãe e de minha tia, esta já falecida e que eu não conheci.
Revi também fotos da minha infância e da minha adolescência. Eu era uma menina de tranças amarradas com fitas, uma em cada lado. Apareço assim numa foto tirada em preto e branco no parque Farroupilha (ou da Redenção) em Porto Alegre. Também tenho o mesmo penteado numa foto tomada na escola, no primário, feito no anexo do Instituto de Educação. Na foto da cerimônia de formatura do curso ginasial (atual fundamental 2), já uso outro penteado, de cabelos curtos e crespos seguros por uma tiara de malha.
Da foto da turma de formatura do ginasial praticamente saltaram os nomes de minhas colegas (o colégio admitia somente meninas). B. Alvarez, J. Morais, E. Vieira, I. Rosssi, M. Brandt, B. Pivetta, D. Breitman, M. C. Matte, nomes e sobrenomes há muito tempo não pronunciados  estranhamente apareceram da foto diretamente para minhas lembranças.
Vendo as fotos no parque Farroupilha, lembrei das tranças preparadas todo o dia à noite cuidadosamente por minha avó, dos passeios nas tardes de sábado com meus pais e irmãos, dos recantos do parque que conheço desde a infância e que ainda amo visitar, como esse com um lago coberto de plantas aquáticas, atravessado por pequenas pontes. Uma vez fomos passear sozinhos, quando mais crescidos, e meu irmão caiu em cima de umas pedras que também serviam como ponte no lago (que é raso) ou na beira dele. Um senhor prontamente o levantou e continuamos o passeio, embora preocupados com o incidente.
Já se vão 45 ou mais anos dessa época - vejo que o tempo passa rápido, mas não apaga algumas memórias. Também sei que temos de usar muito bem esse tempo, justamente porque ele corre, e não volta, como as águas de um rio.
Nada como  se dar conta cedo de que temos um tempo para usar, e da necessidade de um bom uso de nossas vidas.
"Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos corações sábios." (Bíblia sagrada)

Parque Farroupilha ou da Redenção, Porto Alegre

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O motorista que não conhecia o caminho

Passamos o Natal em Porto Alegre e também o Ano Novo.
Depois resolvemos passear um pouco na orla marítima, ao norte do estado, na cidade de Cidreira, onde uma irmã de meu marido tem uma casa e está veraneando, como se diz aqui.
Tomamos um ônibus direto e ficamos felizes quando nos aproximamos do destino. Era meio-dia e estava terminando a viagem. Foi então que o motorista parou o ônibus, abriu a porta que o separava dos passageiros e perguntou em voz alta: - Alguém sabe onde é a rodoviária de Pinhal?
Cheguei à conclusão de que o motorista era novo, ou substituto, e não conhecia bem a cidade de Pinhal.
Uma passageira que se identificou como professora mostrou o caminho da rodoviária.
Quando já estávamos deixando essa rodoviária, ela  ajudou ainda o motorista perguntando se havia mais alguém para descer ali. E havia. As pessoas não se tinham dado conta de que já haviam chegado em Pinhal.
Desceram mais alguns passageiros e o ônibus continuou. Notei que ela continuou na frente do ônibus, como co-piloto. O motorista não sabia também o caminho para Cidreira e nem o lugar da rodoviária dessa cidade. Enfim, chegamos e descemos, agradecidos à professora co-piloto.
Mais tarde, pensei: sem conhecer o caminho certo não se chega a lugar nenhum, mesmo que saibamos dirigir muito bem. Por isso, em nossa vida, para não sermos como o motorista desorientado, precisamos confiar na guia divina. Como diz um antigo hino:
"Meu Jesus me guia sempre,
que mais posso desejar,
duvidar de meu amado,
do meu Deus desconfiar,
tenho paz, perfeita, infinda,
gozo sua proteção,
pois eu sei que por mim vela
seu bondoso coração."
Hinário Adventista